segunda-feira, 11 de maio de 2020

Gratiluz, obviedades e as melhores máscaras pra arrasar no look da quarentena



Estilo de texto boom, efeito de fonte editável | Vetor Premium

Meditação
Eu tinha notado antes que minha rua é tão barulhenta? Não, com certeza isso é implicância de quem fica muito tempo em casa. Comecei a detestar todos os estabelecimentos que fazem anúncios com carro de som (especialmente a pizzaria que já falei mal antes). Sei que entregadores são absolutamente essenciais nesse período de isolamento, mas o vrummmmvrummmm das motos me irrita. Alarme de carro disparando. Caminhão passando na quadra de baixo. Barulho de obra. Concentra, Agatha. Pensa que pelo menos uma parte da economia continua girando. Pensa no bem estar geral. No seu delivery de pamonha. E agradece o dia que você comprou aqueles fones maravilhosos que isolam o mundo exterior. Obrigada, universo, por ter criado a Xiaomi (quem tem dinheiro pra Airpod?!)

#Gratiluz
woman, work, laptop, home, office, workspace, workplace, working ...

Por falar em agradecer ao universo, nunca estive tão feliz com meu emprego. Além de ser possível trabalhar de casa, ter o que fazer me ajuda a manter a saúde mental, me sentir produtiva e a diferenciar os dias úteis dos finais de semana. Talvez eu esteja viciada no esquema capitalista dessa sociedade, mas, em tempos de pandemia, acho importante reconhecer meu lugar de privilégio.

Obviedades
Desde o início do coronavírus, a imprensa vem repetindo a ladainha do isolamento, de lavar as mãos, usar máscara, álcool em gel e etc. Pra quem, como eu, trabalha com comunicação governamental, é a mesma coisa. Todo texto tem um serviço que mudou com o corona, uma lista online, um trabalho remoto, drive thru etc. Uma amiga até brincou esses dias que escreveu um texto inteiro sem mencionar o vírus e achou estranho. Eu também fiz uma nota policial sem relação com a pandemia e quase taquei lá que a polícia, além de combater o coronavírus, prendeu uma quadrilha.

E mesmo com tanta informação, tanto boletim, nota, reportagem especial, anúncio, campanha e o escambau, tem gente desinformada. Fiquei sabendo que uma mulher pegou corona no trabalho. Ficou em casa, evitou sair, não teve sintomas graves, mas não se isolou do marido, que é motorista de ônibus. Agora ele está doente. Poxa vida, gente.

Dá uma moralzinha pra imprensa, vai? Acredita na gente. Estamos trabalhando muito pra informar e dar segurança pra vocês, seja o pessoal do governo, jornais, televisão, rádio, web e etc. Quando chegar uma notícia pelo zap, dá uma conferida se faz sentido. "Amiga, me ajuda a te ajudar!"

Isolamento hard
Mulher na cama, olhando surpreso debaixo do cobertor | Foto Premium
E é por ver tanta notícia, vídeos de especialistas e previsões matemáticas que estou apertando meu próprio isolamento. Fiz um estoque razoável de comida e remédios. Troquei o pacote de internet e tv por um melhor. Recusei convites. Dei razão pra quem brigou comigo por sair demais no início. Esse é o maio ªminha casa, minha vida". Goiás hoje está ostentando o pior índice de isolamento do país (37%) e eu não vou dar chance pras famílias inteiras que vão passear no supermercado espirrarem em mim. Se saiam!

Regime
Cute and funny cheese chunk character showing love

Tem um debate bem necessário na sociedade que é a pressão estética pela magreza. Podemos falar disso uma outra hora, não quero pressionar nem incentivar ninguém a emagrecer. O fato é que, com a academia fechada e minhas compulsões me rondando, fiquei morrendo de medo do meu descontrole durante o isolamento. Minha tendência é abraçar com gosto queijos, massas e vinhos. Passei por uns dias de ansiedade maluca e TPM, comi horrores, me senti culpada, me perdoei, fiz um programa de malhação, abandonei, voltei.. Uma saga. Daí consegui dar uma equilibrada e perdi meio quilo, que é muito pouco, mas é uma vitória simbólica. Enquanto estiver nesse estado de equilíbrio, vou segurando as pontas. Deixo um desconto guardado pros dias que não conseguir. Meu objetivo principal é sobreviver à pandemia. Proteger os meus. Se der, sem aumentar o peso. Se não der, tudo bem também.

Máscaras
Gente, como as blogueiras chamam quando testam os produtos e depois vem contar? Bem, pra terminar esse post, vai aí minha opinião sobre as máscaras que testei. Tem queridinha e reprovada. E tem que usar!

Confira ;)


  • Roupa íntima


Essa máscara de gosto estético duvidoso foi minha primeira. Parece um bojo de sutiã e é bem firme. Meu primo encontrou em uma farmácia e comprou umas 15, que dividimos entre eu, ele e minha mãe. Protege bem e pode ser melhor ajustada ao rosto se passar o elástico por 2 furos laterais. A vantagem do elástico passar pela cabeça é não acentuar e até disfarçar a tal da "orelha de abano".


  • Pano

















Essa de pano simples eu ganhei de uma prima médica. É bem confortável e eu gosto dela ser grande, então não sai do rosto fácil e dá pra falar um pouco melhor com ela no rosto. O elástico dela vai na orelha, então fica chato usar brincos. Como o recomendado é nem usar acessórios ao sair de casa, essa mini argola só está aí é só porque eu já estava usando em casa pra participar de uma chamada de vídeo.


  • A preferida 



Minha mãe encontrou essa belezinha com um vendedor parado com uma caminhonete no Setor Crimeia Leste, em Goiânia. Comprou 2, adorou e depois comprou mais pra família. Ela é de malha, super confortável e fácil de lavar. O elástico vai na orelha, então depois quero testar se coloco um maior pra passar pela cabeça. Como saio pouco de casa, essa puxada nas orelhas não me incomoda tanto (e ficar com a orelha ainda mais de abano é o novo normal, já me acostumei).


  • Reprovada

















Olha, nem me dei ao trabalho de amarrar os elásticos dessa. É bem feita, bem costurada, e a única que usei tem uma linda estampa florida (que não achei pra tirar foto). Mas usei do lado invertido, porque o forro é "peludo" e a agonia é grande demais. Meu primo disse que deu uma queimada de leve nela por dentro com isqueiro pra tirar a sensação de pelos, mas eu não me arrisco a essa façanha. Vai pra doação mesmo.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Maio chegou

Bolin
Quem tem cachorro em casa, sabe que falar com ele/ela é absolutamente corriqueiro. Por muito tempo, eu dei remédios pra Belinha escondidos em um tomate cereja. Pra aumentar o índice de aceitação do tomate, eu costumada dar um "tomate grátis", ou seja, um tomate sem remédio. Mas por esses dias o tomate não anda funcionando muito bem e o novo campeão dos remédios é um muffin pra cachorros que eu compro na Petz. De vez em quando, ela morde bem no meio do remédio e eu perco a moral. Por isso, estabeleci o "bolinho da confiança", que segue o mesmo esquema do tomate grátis. E ontem gritei pra senhora que estava do meio do corredor: "Vem comer seu bolinho da confiança!". Funcionou.

Heroína da resistência
Ano passado, com o diagnóstico de câncer, foi dada uma previsão de 3 a 6 meses de vida pra Belinha. Agora ela completou 1 ano de doença e 15 anos de vida. Como disse um amigo, Belinha chega firme à nova era do planeta. Com seus tomatinhos e muffins, com sua fome inacabável, seus olhos pidões por qualquer coisa que eu esteja comendo, com seus resmungos à noite com a posição do cobertor, esse digníssima cachorra da raça que até hoje eu tenho que olhar no google pra escrever - dachshund - é uma excelente companhia para a quarentena. Mesmo que eu fique escravizada limpando a casa pelo descontrole dos seus esfíncteres, eu não me arrependo de nada, de nem um dia com ela. Pensei mesmo que ficar de home office me possibilita acompanhar seus últimos dia e te dar o máximo de conforto possível. Até quando der.

Jantas das Manas
Um das vantagens da minha quarentena (e da minha vida) é ter uma família muito festeira com habilidades gastronômicas e sociais muito superiores às minhas. Por isso, as últimas quintas-feiras foram marcadas pelo grandioso evento "Jantar das Manas", com figurino e cardápios pré-estabelecidos e presenças virtuais pontuais. Achei a receita do macarrão de quinta tão maravilhosa que repeti no domingo. Meu plano é fazer várias vezes até que saia como algo natural que eu faço sem o menor esforço. Tipo, ah, vou fazer "aquele meu macarrão". A conferir.

Alquimia
A melhor (e por enquanto única) compra online que fiz por esses dias foi do meu sabonete favorito. Demorou um mês pra chegar, mas isso não importa agora. Antes da quarentena, eu já era muito ligada a cheiros, especialmente de sabonetes, desodorantes, xampus etc. Com essa história de lavar as mãos um milhão de vezes, fiquei meio obcecada. Passo o sabonete, esfrego, levo as mãos perto do nariz e respiro fundo. No final do dia, o banho da noite com meu sabonete de benjoim é quase um ritual sagrado. Melhor ainda é que o banheiro fica cheiroso muito tempo depois do banho. Cada doido com sua mania, mas pelo menos a minha é recomendada pela OMS.

Entretenimento
Coisas que vi por esses dias e recomendo:

Filme:Adoráveis Mulheres - Filme 2019 - AdoroCinema

Depois de procurar conteúdo grátis, acabei alugando no Now pra ver com a família. O filme é lindo, as personagens são maravilhosas. A gente ri e chora. No final, eu ficava gritando: "Vai, minha filha, que eu não paguei R$ 18,90 pra passar raiva com você". Sim, o tal do "tô pagando" deixa a gente mais exigente.


Livro:Canção De Ninar - Saraiva

História de uma babá que mata duas crianças. Não é spoiler, o crime está na primeira frase do livro. O interessante é a construção da história. A sociedade que condena mulheres, mães que trabalham, as que ficam em casa, babás sem passado, crianças iguais. Achei a escritora excelente.

Série Netflix:

A série “Nada Ortodoxa” d.C. - Lídia Schinor Dutra - Medium

Achei interessante por ver a sociedade judaica de perto. Uma série pesada e tensa, mas cheia de beleza. Me peguei torcendo loucamente pela personagem principal. Faz uns dias que eu vi, mas como a repercussão continua entre meus amigos, lembrei de recomendar aqui hoje.

Você não pode fazer alguém te amar nem se comprometer com você

por Brisa Pinho ( original em inglês aqui ) “Dói deixar ir, mas, algumas vezes, dói mais segurar” (Desconhecido) Quando você está profundame...